segunda-feira, 10 de agosto de 2009

ORIENTAÇÕES TÉCNICAS



TRATAMENTO DE VASOS


Nas fotos abaixo, vamos ver os alunos do curso de paisagismo, numa aula pratica referente ao modulo de tratamento e cultivo em vasos, ministrado pelo Prof. Legatti, através da Portal Verde Paisagismo & Meio Ambiente.

No caso abaixo, se refere a um vaso de cerâmica, que apesar de ter sido tratado no passado, antes do plantio, esse tratamento sofreu um desgaste natural, com isso a infiltração da umidade ocorreu de dentro para fora, provocando a despigmentação externa, soltando a tinta.

Sem uma ação rápida, a estrutura de argila, irá entrar em face de desagregação, devido ao acumulo intenso e constante de umidade, fazendo com que o vaso perca sua resistência.



Em seguida, os alunos estão removendo com espátulas a tinta já previamente solta, das paredes externas do vaso. Após esse procedimento, iremos lixá-lo e remover qualquer tipo de poeira.








Com o vaso limpo, iremos começar a refazer o tratamento interno e externo. Onde na parte interna usaremos um impermeabilizante próprio para resistir, constante umidade e do lado externo poderemos estar utilizando diversos tipos de tinta, no caso foi utilizado a tinta látex, que ganhou após duas demãos, uma proteção de resina de concreto.












Após o tratamento interno e externo, podemos valorizar ainda mais esse vaso, dando a ele, movimentos personalizados, através de tintas e texturas diversas.






Na maioria das vezes isso, acaba por se tornar uma marca registrada do paisagista e decorador de ambientes, pois quando nos deparamos com esses detalhes percebemos a eficiência profissional, sintonizada com cada ponto do projeto.

Além do mais, esse trabalho diferenciado, não só valoriza o projeto, más também aumenta a proteção do vaso.


Técnicas de criação e elaboração de moldes para pintura.


Como primeiro passo, precisamos criar o desenho a ser aplicado sobre a superfície do vaso, separamos as tonalidades de tintas ou o material para textura, sobre o projeto desenhado, definir as tonalidades.Após definirmos quais idéias foram as melhores, iremos criar os moldes.





No caso abaixo, estamos revestindo os vasos, com um material, onde poderemos em seguida, riscar os movimentos e detalhes, que receberão as texturas ou tintas. Esse material de revestimento deve ser maleável para que fique fácil a cobertura do vaso. É sobre ele que vamos transferir os riscos, escolhidos.












Ao finalizarmos a transferência dos riscos, iremos recortar os mesmos, neste momento podemos corrigir detalhes, arredondar e acentuar as curvas, etc.









Em seguida, poderemos avaliar o efeito do desenho, no vaso, antes de continuar o processo. Vamos fixar os riscos devidamente cortados sobre um material mais resistente (como: Duratex, papelão, cartolina, etc.) que serão os moldes definitivos, do processo de produção, com isso, todos os vasos do mesmo cliente, terão desenhos e tonalidades iguais, caso esse desenho não seja repetido para outros clientes, podemos afirmar que são vasos exclusivos e personalizados.














Manutenção básica de um jardim

ETAPAS DE TRABALHO

Poda de limpeza

Busca remover toda e qualquer massa vegetativa, que de alguma forma está, morta, doente ou tomada por ervas daninhas.

Poda de condução

São podas que servirão para moldar a planta, de forma que ela possa valorizar e atender o objetivo e a proposta do projeto original ou mesmo que contempla a melhoria do mesmo.

Adubação de manutenção

Operação, corriqueira realizada a cada manutenção, tendo em vista o suprimento mineral necessário para que cada planta e cada canteiro consigam continuar se desenvolvendo e produzindo folhagens e flores, de forma sadia e exuberante.

Adubação corretiva

Adubação realizada, em pontos específicos do jardim que buscam de alguma forma, uma reposição intensa e rápida, na tentativa de corrigir deficiências minerais, causadas por falta de adubação periódica, ataque de agentes patogênicos (doenças) ou por conseqüência de ataque de algum tipo de praga (insetos em geral)

Reforma de canteiros

Qualquer que seja o projeto, sempre precisou estar em alerta, pois sempre podemos melhorar ainda mais aquilo que já está bom e bonito.

Desta forma, todo e qualquer projeto, sempre requer um detalhe a mais, além de algumas espécies, anuais e bianuais, que após completarem seu ciclo de vida, não consegue mais se recuperarem, e mesmo quando isso ocorre o custo é muito alto e se torna inviável.

Identificação de doenças

É preciso conhecimento técnico para poder identificar quais são os agentes patogênicos presentes e que de alguma forma estão causando algum tipo de dano às plantas. Esse conhecimento permiti dosagens e produtos corretos que irão alcançar seu objetivo sem margem para contaminação de ambientes ou mesmo de obtenção de efeitos não desejados.

Identificação das pragas

Da mesma forma localizar e identificar possíveis focos de pragas que precisam serem controladas, em função dos danos que estão causando ou mesmo do potencial de dano que poderão causar.

Obs. – fortalecemos a necessidade de controle, não de extermínio, por que o meio ambiente precisa estar em equilíbrio, e toda vez que este equilíbrio é afetado e alterado, surgirá o efeito causa x conseqüência, na natureza nenhum ser é dispensável para que esteja estabelecido esse moderado equilíbrio.

Preparo de caldas preventivas

São caldas, utilizadas em pulverizações, que busca de alguma forma fortalecer as plantas, tornando-as mais resistentes a instalação de doenças e mesmo ao ataque de pragas.

Uma das caldas, muito utilizada e a calda bordalesa, que cumpre bem seu papel de ser uma barreira eficaz, contra ataque de fungos.

Caldas curativas

São as caldas, que usaremos nas pulverizações, quando os agentes predadores, já estão instalados e estão de alguma forma destruindo os tecidos vegetais.

Geralmente são produtos químicos tóxicos que precisam ser manipulados seguindo todas as orientações de seus fabricantes.

Pulverizações

Técnica de aplicação de caldas diversas, que visam atender uma necessidade do jardim e das plantas que o compõe, entre algumas dicas técnicas, devemos descrever, abaixo:

- Realizar se possível, nos períodos mais frescos do dia, pela manha, final da tarde ou em dias nublados, pois os produtos utilizados penetram no vegetal pelos estômatos (células presentes em maior numero no limbo inferior) que além de controlar a temperatura interna do vegetal, absorvem as pulverizações.

Nestes períodos mais amenos do dia, essas células estão abertas e permitem a entrada dos produtos, aumentando a eficiência do tratamento.

Quanto à diluição, é importante que seja perfeita e realizada com calma, tendo como preocupação o produto homogêneo dentro do pulverizador, para que não fiquem níveis de calda com variação de concentração, isso pode comprometer o tratamento, assim também como acelerar a possibilidade de geração mais resistente a certos princípios ativos, ocorridos a partir de descendentes de indivíduos que de alguma forma sobreviveram quando expostos a caldas menos concentrada.


MADEIRAS ORNAMENTAIS

Espécie em evidência - Pau ferro ( Caesalpinia férrea )

Espécie de arvore, muito utilizada no paisagismo devido ao tronco exótico, que tem por habito trocar de casca uma vez por ano, porém neste momento fica todo rajado em duas tonalidades, conforme foto abaixo:



Porém apesar do aspecto exótico da arvore e de sua madeira muito dura, a baixa flexibilidade de sua morfologia, torna uma espécie vulnerável em área onde ocorre grande incidência de ventos fortes, pois dureza de sua madeira torna seus galhos quebradiços.

Desta forma aconselhamos plantar em locais onde tenhamos barreiras protetoras que possam de alguma forma reduzir a ação desses ventos, ou utilizá-las em renques onde uma arvore pode oferecer proteção a outra, e vice verso.

Sua multiplicação é feita através de sementes, que se formam dentro de vagens curtas e largas, muito dura, no entanto com alto índice de ataque de insetos, que após perfurarem as vagens se alimentam das sementes. Assim quando queremos coletar sementes para um plantio posterior, deveremos fazer um tratamento com algum tipo de inseticida e em seguida armazená-las em ambiente seco e ventilado.

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TRATAMENTO DE SEMENTE

Na matéria abaixo, vamos mostrar uma das técnicas para proceder o tratamento de sementes, no caso em evidencia, se trata da semente de uma tamareira ornamental.

Desta forma vamos mostrar cada etapa e explicar com simplicidade o por que de cada etapa e qual seu propósito.




Etapas do processo

Colher o cacho de fruto quando este atingir a fase de maturação , vamos separar as sementes que realmente estejam bem maduras.

As sementes cuja maturação estejam atrasada, deverão permanecer ao cacho até completar essa etapa .

Deveremos em seguida, realizar o processo de despolpa, onde o objetivo e remover toda e qualquer massa de polpa que esteja envolta a semente, pois essa massa que compõe o fruto, deverá fermentar e criar colônias de fungos, que deixarão seus esporos sobre a semente, esta por sua vez ao iniciarem seu processo de germinação, poderão ter seus delicados e tenros tecidos, atacados por esses fungos.



Após a lavagem das sementes, essas deverão ser drenadas, com objetivo de retirar o excesso de água.

Com as sementes ainda úmidas, iremos realizar o tratamento duplo, utilizando um inseticida e um fungicida.


Finalizado o processo, que deverá ser feito dentro de saco plástico, onde deveremos movimentar as sementes, permitindo que os produtos possam aderir de forma uniforme e completa.

Para finalizar, deveremos deixá-las secando em local seco e ventilado, desta forma nossas sementes poderão serem armazenadas e estarão aptas para o plantio.

Obs - Local de armazenamento ( seco e ventilado)

- Quanto maior o tempo de armazenagem, menor será o índice de germinação, pois

o embrião com o passar do tempo se desidrata, podendo chegar a morte.


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AS BACTÉRIAS

São os micro organismos que possuem alta resistência e de forma geral se mantém entre os ambientes e sobre os seres vivos, em estado de dormência. E normalmente precisam de uma alteração brusca de temperatura para que esse período de dormência seja quebrado. É neste momento que eles irão atacar os tecidos vivos, na tentativa de adquirirem energia para que possam se reproduzir, essa ação predatória, causa as doenças bactérianas.
Essas doenças só podem serem combatidas, através das aplicações de produtos químicos , classificados como antibióticos.





As bactérias são agentes patogénicos, capazes de causar grandes prejuízos à saúde das plantas, como a todos demais seres vivos.
Como estamos vendo nas fotos abaixo, notaremos que os pontos afetados, causam manchas secas, aneladas e geralmente irregulares que se tornam mais visíveis sobre o limbo foliar, porém podem também atacar os galhos.

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Doenças Fúngicas




OS FUNGOS

Os fungos são micro organismos, que atacam os tecidos de vários seres vivos, nas plantas, quando isso ocorre, notamos manchas escuras arredondadas e a total destruição do tecido afetado, causando na sequência a morte do mesmo e por consequência a podridão.

No período do verão, ocorre grande incidência de ataque de fungos.

Devido ao alto índice de umidade e calor que marcam os períodos do verão, notamos uma maior incidência de fungos em nossos jardins.

Como meio preventivo poderemos utilizar alguns artifícios tais como :

- reduzir o numero de regas, e quando o fizer, evitar molhar as folhas dos arbustos.
- utilizar de podas de limpeza, com objetivo de remover as partes mortas, que de alguma forma possam acumular umidade, além disso com essas podas ocorrerá maior ventilação entre os galhos, retirando o excesso de umidade. Desta forma estaremos dificultando a instalação do esporo do fungo.
- em solos umidos poderemos instalar algumas linhas de drenos.
- de forma preventiva poderemos também fazer uso de pulverizações com caldas bordalesas, que são feitas a base de cal virgem + sulfato de cobre. Essas pulverizações devem ser aplicadas periodicamente, com a mesma frequência das chuvas.
A folha infectada, apresenta uma mancha escura, mostrando a doença e o anel amarelo, mostrando o tecido onde o fungo está atuando.

















Poda de cerca viva

Com a estação do verão, as plantas tendem a vegetar mais que no período do inverno, em função da intensidade de luz, calor e umidade.

Onde as podas de manutenções devem ser feitas ao menos de forma mensal.

Na foto abaixo, notamos o ponto de crescimento do renque formado por legustro, onde podermos notar que no plantio, foi utilizado de forma mesclada a variedade verde e a varigata, porem a verde, tende a predominar com seu crescimento mais rápido e vigoroso.

Interrompemos a poda, para podermos visualizar o volume de crescimento.




Na foto abaixo, o paisagista Legatti, mostra ao seu técnico, a altura em que a maquina deverá permanecer, para que a poda não fique em desnível, fato que muito das vezes ocorre, devido ao desnível do solo.





A borda arredondada da cerca viva exige calma e paciência, para que o acabamento seja perfeito, neste momento a inclinação da maquina é o ponto mais importante.





Finalizada a poda, devemos realizar a limpeza dos galhos que certamente poderão estar, sobre e entre os galhos da cerca viva, pois ao secarem darão um mal aspecto ao trabalho, além de acumularem umidade e se tornarem focos de desenvolvimento de fungos.


Para finalizar, precisamos proteger a plantas, e buscar através de uma pulverização, selar os ferimentos causados pela poda.


Para isso usaremos um fungicida com um espalhante adesivo, que promoverá à rápida e eficaz cicatrização dos cortes, impedindo que os mesmos sejam portas de entrada para fungos e bactérias.



Neste caso, estamos usando produtos químicos de período residual prolongado e sistêmico, pois o jardim, não possui temperos, hortaliças ou mesmo frutíferas a sua volta, nem mesmo espelhos d'aguas com peixes.